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terça-feira, 30 de outubro de 2012

A roda de conversa é uma prática diária em minha sala de aula e acontece em vários momentos do dia. É um momento em que meus alunos estabelecem um diálogo sobre um tema específico. Relatam alguns acontecimentos ocorridos em suas casas. As tecnologias que me auxiliam muito neste momento são vídeos e músicas, os quais utilizo para iniciar um determinado assunto.
A presença das tecnologias, principalmente do computador nas escolas, tem levado as instituições de ensino e os professores a adotarem novas posturas frente ao processo de ensino e de aprendizagem. A educação atual enfrenta um grande desafio: o de constituir-se em espaço de mediação entre a criança e esse ambiente povoado de máquinas que lidam com a mente e o imaginário. Cabe à escola não só assegurar a democratização do acesso aos meios técnicos de comunicação mais sofisticados, mas ir além e estimular, dar condições, preparar as novas gerações para a apropriação ativa e crítica dessas novas tecnologias.
Toda aprendizagem só é significativa quando meu aluno consegue relacionar o que aprendeu com seu cotidiano, fazendo uso deo que aprendeu. o professor é mediador do conhecimento quando assume a postura de educador em uma sala de aula tendo ciência de que todos os momentos que passa com seus alunos são educativos. A internet é um recurso que deve ser utilizado pelos alunos para aperfeiçoar um conteúdo já trabalhado pelo professor como uma ferramenta de busca para esclarecer alguma dúvida. Estas informações que estão contidas na rede são necessárias mas, por si só não são suficientes para garantir o aprendizado do aluno. O conhecimento é algo muito mais aprofundado, que eu não esqueço, enquanto a informação é muito mais sucinta.
O professor deverá primeiramente ter conhecimento do assunto que abordará com seus alunos sabendo o grau de significancia para os mesmos. É comum partir do processo de pesquisa de um assunto previamente abordado em sala de aula, tendo em mente que esta auxiliará nas dúvidas dos alunos com relação à um conteúdo que já foi passado pelo professor. Também é importante salientar que tecnologia não se restringe a computadores, o professor dispõe de outros recursos tecnologicos na escola mas porém, muitos não sabem utilizar... Relacionar algo que está chamando a atenção dos alunos em sala de aula é importante para que ocorra uma aprendizagem significativa (bulling por exemplo).
Já conhecia a wikipédia há algum tempo e faço uso da mesma em algumas situações. É um site muito bom pois proporciona aos seus leitores a possibilidade de colaborar acrescentando mais conhecimento e enriquecendo a pagina.
  É um site de grande utilidade, podendo contribuir para situaçõs do cotidiano de pesquisadores. Tem a vantagem de que seus usuários podem contribuir, enriquecendo os posts.

Acredito que devido a faixa etária de meus alunos (2 anos), o diálogo torna-se fundamental devido ao fato de estarem desenvolvendo sua oralidade. A roda de conversa é uma prática diária em minha sala e acontece em vários momentos do dia.É importante oportunizar a criança estes momentos de interação ricos em conhecimento.

webquest

Segue o link para que visitem minha webquest:
http://www.webquestbrasil.org/criador2/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=17464&id_pagina=1

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


  1. Desenho Infantil: O nascimento da arte e da arte e da escrita

  1. Resumo:
O presente estudo tem a finalidade de reafirmar a importância de promover uma melhor compreensão sobre o desenho infantil e suas evoluções no processo de desenvolvimento da criança, evidenciando importância da atuação do educador no apoio ao processo de ensino aprendizagem desenvolvendo dessa maneira, um pleno desenvolvimento de todas as capacidades dos alunos.


  1. Abstract
           The present study aims to reaffirm the importance of promoting a better understanding of the drawing and its evolution in the process of child development, emphasizing the importance of the educator role in supporting the teaching-learning process developed in this way, a full development of all students' abilities.


  1. Introdução
Podemos dizer que o desenho é a extensão do pensamento cognitivo. O homem primitivo representava com desenhos todos os acontecimentos que julgava importantes e, a partir de sua pintura é que surgiu a linguagem escrita. Para a criança pequena o desenho inicialmente é a prolongação da atividade do corpo, mais tarde o gesto físico vai levando a criança a pensar, desconsiderando a relação entre idade e etapas gráficas, visto que cada criança apresenta características e ritmo próprio, e que esse processo dependerá das condições constitutiva a que a criança estará exposta; da mediação de parceiros mais experientes e vivências.

  1. Referencial teórico
Por meio do desenho a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade. Desenhar constitui para a criança, uma atividade integradora que coloca em jogo as inter – relações do ver, do pensar, do fazer e dá unidade aos domínios perceptivo, cognitivo, afetivo e motor.
Para Derdyk (1989, p.50):

A criança desenha, entre outras tantas coisas, para se divertir. Um jogo que não exige companheiros, onde a criança é dona de suas próprias regras. Nesse jogo solitário, ela vai aprender a estar só, “aprender a só ser”. O desenho é o palco de suas encenações, a construção do seu universo particular.

A criança sempre encontra uma maneira de deixar, nas superfícies, o registro de seus gestos, seja no papel, na terra, na areia ou até mesmo na parede da casa, se não tiver lápis, serve um pedaço de tijolo, uma pedra, ou uma lasca de carvão. Aos poucos a criança se organiza no tempo e no espaço, utiliza com maior propriedade os materiais e suas possibilidades. As formas são mais definidas e buscam cada vez mais correspondência com o contexto vivenciado.
Derdyk (1989, p. 51) diz que, o desenho é a manifestação de uma necessidade vital da criança: agir sobre o mundo que a cerca, intercambiar, comunicar.
É necessário que a criança desde pequena tenha oportunidades para desenhar e explorar diversos recursos materiais; diferentes situações de ensino com o desenho, o imaginário infantil e a linguagem visual. Assim o pensamento simbólico expresso nos desenhos começa a ser transformando num pensamento de regras e conceitos, elaborando significados e apresentando em seus desenhos novos elementos, ampliando assim seu repertório e desenvolvendo as suas funções mentais superiores.
Segundo Aroeira apud Chagas (1999):

A expressão gráfica da criança inicia – se por volta de um ano e meio, é a fase das garatujas, depois passa pela pré – esquemática e a seguir, pela fase esquemática. A fase das garatujas estende – se até, mais ou menos, três anos e meio, quando a criança começa a dar nomes aos rabiscos. Aos poucos, os rabiscos ganham forma e se tornam figuras e formas reconhecíveis.

A criança por volta dos treze aos catorze meses faz rabiscos  em vaivém trata – se de uma ação motora a qual a criança não tem interesse pelo desenho e sim pelo ato de rabiscar.
Dedyk, 1989, p. 56, afirma que:

A criança rabisca pelo prazer de rabiscar, de gesticular, de se afirmar. O grafismo que daí surge é essencialmente motor, orgânico, biológico, rítmico. Quando o lápis escorrega pelo papel, as linhas surgem. Quando a mão pára, as linhas não acontecem. Aparecem, desaparecem. A permanência da linha no papel se investe de magia e esta estimula sensorialmente a vontade de prolongar este prazer, o que significa uma intensa atividade interna, incalculável por nós adultos. É um prazer autogerado, diferente do prazer sentido pela obtenção de alimento, de calor, de carinho. A autoria da magia depende exclusivamente da criança.   

As garatujas são os primeiros registros gráficos da criança, que tem pouco controle sobre seu traçado, não tirando o lápis do papel frequentemente. Mais tarde começa a fazer traços e círculos, tirando o lápis muitas vezes do papel e progressivamente faz tentativas de escrita.

A garatuja não é simplesmente uma atividade sensório – motora, descomprometida e ininteligível. Atrás desta aparente “inutilidade” contida no ato de rabiscar está latentes segredos existenciais, confidências emotivas, necessidades de comunicação. Existem pesquisas a respeito dos tipos possíveis de garatujas já realizadas por milhares de crianças, imprimindo uma qualidade científica e normativa à nossa conduta ao olharmos estes infindáveis traços caóticos no papel. (Dedyk, 1989, p.52).

            Referindo – se sobre os diferentes estágios do desenvolvimento gráfico, LOWENFELD (1977), considera difícil perceber onde uma etapa termina e a outra tem início, já que o desenvolvimento desse processo é contínuo. As diferenças individuais de cada criança também devem ser levadas em conta, visto que nem todas passam de uma fase para a outra na mesma época e da mesma forma.
            LOWENFELD (1977) denomina a primeira fase como Estágio das Garatujas, que acontece por volta dos dois aos quatro anos de idade. Nessa etapa, a criança faz rabiscos desordenados, ao acaso. A organização e o controle do traçado são percebidos aos poucos por ela, havendo uma evolução gradativa que vai dos riscos às formas controladas. Nesse estágio, a criança passa por várias fases de desenvolvimento, explorando seu corpo e espaço.
            A segunda etapa, Estágio Pré – Esquemático, tem início por volta dos quatro anos e estende – se até sete, aproximadamente. Apresenta as primeiras tentativas de representação do real. A criança desenvolve a consciência da forma e transmite isso pelas imagens dos seus desenhos, embora as figuras ou objetos apareçam, ainda, de forma desordenada, podendo haver variações consideráveis nos seus tamanhos.
            O Estágio Esquemático começa por volta dos sete anos, estendendo – se até os nove. Nesse estágio, a criança desenvolve o conceito da forma e seus desenhos simbolizam o que pertence ao seu meio, de maneira descritiva.
            O Estágio do Realismo perfaz um caminho dos nove aos doze anos, aproximadamente. Ainda existe muita simbolização nos desenhos, mas a criança tem maior consciência a seu respeito, projetando – os em suas produções. Se, antes, ela tinha prazer em realizar desenhos livres, mostrá-los e explicá-los aos outros, nesse estágio, prefere ocultá-los da observação dos adultos, justamente pela consciência que tem de si e do seu ambiente natural, gerando uma autocrítica que não se manifestava antes.
            Considerando o desenho como atividade essencial para a criança desde pequena, se faz necessário o planejamento, pelo professor, de espaço e possibilidades variadas com o desenho.

O desenho constitui – se de uma ação única que não deve ser padronizada pelo professor. Por esta razão, é preciso desconsiderar a imposição de modelos estereotipados para que estes não sejam incorporados pela criança tornando – a simples reprodutoras. É fundamental promover o desenvolvimento da linguagem gráfico – plástica para que a criança tenha em sua história criativa de exploração e interação novos progressos, em que desenhar e pintar, imaginar e representar sejam práticas também no ensino fundamental valorizando esta rica produção que é o desenho. (CADERNO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL – CMEI, p. 53, 2008).

            O professor deve incentivar e valorizar cada vez mais a capacidade de criar da criança, não se sentir frustrado com as produções de seus alunos  ajudando com a própria mão e jamais organizar  o espaço com visão de adulto, que muitas vezes é bastante estereotipada, anexando produções que não é original da criança.
            Souza e Borges (orgs.), 2002 afirmam que:

Quando compreendemos isso, os murais se tornam cheios de vida e movimento, pois lemos vigor ação nas diferentes formas de rabiscar e fazer garatujas de nossos pequenos alunos. Isso vale muito mais do que um coelhinho xerocado, cuja forma veio através dos modelos e moldes, usados ainda hoje por inúmeros professores por esse Brasil afora. Nós, professores, temos que buscar mais conhecimento, muita observação e paciência para acompanhar o desenvolvimento de nossos alunos sem queimar etapas, apressando o aparecimento do desenho figurativo para que possamos ter a sensação de que eles já produzem algo apreciável. Isto não é verdadeiro. Temos que valorizar a garatuja e a rabiscação e oferecer ao aluno muitas oportunidades de desenhar; modificando as relações do corpo com a superfície a ser desenhada, como, por exemplo, prendendo o papel na parede, riscando com giz ou carvão o chão di pátio, assim como oferecendo diferentes tamanhos de papel e de objetos , lápis, giz, caneta, carvão, que propiciem o seu desenvolvimento. (p. 39-40)

O professor tendo um papel fundamental no desenvolvimento infantil, precisa observar o quanto e como a capacidade de desenvolvimento, de concentração e de prazer em criar está presente em um simples desenhar. A criança que faz tudo que a professora manda precisa de mais oportunidade para se expressar, estando ansioso em compensar sua insegurança interna.
É através do desenho que o professor obtém dados sobre o desenvolvimento geral, levantando hipóteses de comprometimento afetivo emocional, intelectual, perceptivo e motor. A criança que se expressa de forma livre confia mais em si e no meio arriscando a criar e a se envolver com o que faz, tornando as atividades prazerosas e conseguindo identificar nas suas representações. O desenho é como um instrumento valioso de compreensão pelo adulto do entendimento que a criança tem de mundo.

  1. Considerações Finais
O desenho infantil é uma reconstrução do seu universo a ser interpretado e explorado dependendo do professor para o processo, pois o desenho revela o grande desenvolvimento intelectual, social, emocional e perceptivo.
Enfim, percebemos que o professor é responsável para que ocorra o desenvolvimento infantil. E o desenho será um fator primordial nessa compreensão do desenvolvimento influenciando no cognitivo, intelectual e emocional da criança, pois a educação infantil envolve simultaneamente cuidar e educar.
A expressão infantil é constituída de elementos cognitivos e afetivos, sendo assim, desde pequenas as crianças desenvolvem linguagem própria traduzida em signos e símbolos carregados de significação subjetiva e social, e que devem ser respeitadas e reconhecidas, visto que seus rabiscos são extensões de seus gestos primordiais, um ato criador, resultado de ato expressivo que evidencia o seu desenvolvimento e expressão do seu eu e do seu mundo.

           
  1. Referências

CHAGAS, Cristiane Santana. Arte e educação: A contribuição da arte para a educação infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental.  Disponível em:

DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho. São Paulo: Scipione, 1989.

LOWENFELD, V. BRITTAIN, W.L. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Caderno Pedagógico da Educação Infantil – CMEI. Curitiba: Propress editora gráfica Ltda, 2008.

_______________________. Caderno Pedagógico da Educação Infantil – Escola. Curitiba: Propress editora gráfica Ltda, 2008.

SOUZA, Regina Célia de; BORGES, Maria Fernanda S. Tognozi. A práxis na formação de educadores infantis. Rio de Janeiro - Rj: DP&A editora, 2002.